sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

pode vir.


Ei, deixa de lado esse teu estresse, esse teu uniforme, todos esses papeis, afinal, são só papeis.
Joga esse tênis ridículo, que nem combina contigo. Essa caneta com teu nome _ careta!

Vem morar comigo, vem dançar reggae e Zulk comigo. Aqui no meu quintal tem pássaros de todo jeito, e tem um aqui na janela me olhando te escever... é um amarelinho,que tem topete preto só em um lado da cabeça, eu não sei o nome dele, mas é lindo!
Aqui tem um radinho antiiiiiiiiigo. Lembraça do meu avô.
Traz tua vitrola, vamo escutar Tom Zé, Chico Buarque, Caetano...Secos e Molhados, Raul! como não? Traz todos os teus discos de vinil.
Ah! me lembrei. Pra tu que é vegetariano, lá atrás das árvores tem uma hortinha, é coisa pouca , mas a gente pode dá um jeito ;)
ah! só mais uma coisa. É que desde que os cúpins "comeram" toda a madeira da minha cama, eu só durmo no chão agora, num colchão... se eu gosto ? gosto de mais, e o tempinho ta de chuva, aí tá só o pitel, chãozinho geladinho, friozinho... a gente pode dormir bem abraçadinho.

Então, se tu quiser mesmo vir morar comigo como havia dito antes, vem! pode vir...
sabe cozinhar?

beijo!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

..."quando vi você, me apaixonei"




Procurou um lugar onde ficasse sozinha, sem a presença de outras pessoas, queria estar apenas na companhia do vento, das ondas e da calmaria.
Deitou e concentrou-se nos próprios dedos do pé. Empurrava com eles a areia pálida da praia. Muito pensou em um mergulho, mas por orgulho, pensou deixar a onda chama-la, e sabia que por fim e uma hora a força bruta e delicada de uma onda lhe arrastaria num convite irrecusável.

Seu pé direito (ele) . Seu pé esquerdo (ela) . Ele por cima dela, beijando-a, amando-a.
Um sentimento recíproco, um amor que na mente dela poderia ser escrito por um e lido por todos.
Seu pé (esquerdo) cotinha uma pulseira feita de palha e umas pedrinhas que a enfeitava,verdes; Seu pé (direito) olhava-a encantado, estático com tamanha beleza de menina. Beleza de sorriso.
Observa e só observava...

Levantou-se e lembrou de seu amor, do encontro que tiveram juntos com o mesmo cenário que ali estava agora, "céu,sol,mar". A felicidade invadiu o seu peito, enchendo os seus olhos de lágrimas, estava feliz em tê-lo como amigo, em tê-lo com o "seu" amor. Decidiu ali que pra sempre queria estar em sua companhia, sem tempo, sem "pedras no meio do caminho".
Foi ali que sentiu estar viva, seu corpo todo deixou provas de tal conclusão, as mãos suaram, o sorriso abriu-se, e a barriga, essa sim diz...o frio que nela causa, a vontade instatânea de vê-lo, e fim...

Quando abriu os olhos sentiu seus dois pés molhados, percebeu que ali estava a onda que veio busca-la, brutalmente, levemente.
Ses pés agora firmes, corriam incansáveis até uma imensa "costina branca" chamada mar, e esta os cobriu inteiramente, e num lento dançar de ondas amaram-se para até quando esse "sempre existir".

domingo, 16 de janeiro de 2011

''...Outra versão para a Teoria do Caos!


Errei, na verdade tenho errado em várias situações...Egoísmo, impulsos, raivas, carrego isso comigo a muito tempo, e tenho ferido amigos, família , pessoas que amo. Destruo facilmente o que construo. Sei que estou sendo chata, cobro muito algo que não é de você (e algo que eu possa não ser), quando eu poderia enfatizar o quanto é amigo, divertido, inteligente, carinhoso, brincalhão, sincero, o quanto é sábio. Eu não queria me tornar desagradável, mas não estou buscando isso. Refletindo um pouco, notei o quanto estou sendo desonesta com a gente, noto seu esforço em querer deixar a situação bem, mas faço questão de alimentar minha raiva, afogando-me num orgulho letal. Em minhas frases sempre julgo que não deveríamos termos nos envolvido, mas falando a verdade eu foi quem nunca fez esforço pra acreditar que a gente pode ficar bem sim, que a gente pode ter um relacionamento massa, que a gente pode viver momentos de alegrias, de companheirismo, momentos convensionais ou alternativos, caminhando na rua de mãos dadas ou não, rumo á faculdade, á um bar, á um show, á uma praia, á um cabaré, á sua casa, á minha. Eu acabei esquecendo o quanto aprendi desde que nos tornamos amigos, o tanto que você me faz refletir, os empurrões de avanço que tu me destes. Desculpe por ser tão egoísta assim. Com relação as nossa diferenças sabemos que a convivência não é fácil, mas se nos submetemos a ela então que compreendamos um ao outro, que entendamos os gostos, as diversas experiências, os sentimentos peculiares que são diferentes e não menos nobres que os nossos. Uma vez você me disse: ''...Desculpa te fazer chorar, eu não tenho esse direito, muito menos de te julgar, suas ações é fruto do que está dentro de você...''. É dessa humildade que preciso, dessa simplicidade, dessa coragem. Não vou mais falar nada não. Na verdade queria te pedir desculpa. Eu vou pegar a faca que enfio nas suas costelas e enfiá-la no meu umbigo.
De coração, sinceramente!
texto de Saskia (irmã)